Trecho da entrevista da revista Arquitetura e Urbanismo com o diretor da FAU USP, arquiteto Hugo Sawaya.
Questões:
As universidades na Espanha formam profissionais com atribuições de arquiteto e engenheiro. Na Áustria existe um curso de formação básica de 2 anos e os outros 3 anos são voltados para disciplinas de especialização como arquitetura sustentável, patrimônio, paisagismo...
O que vocês acham desses dois sistemas? Compare com o nosso sistema.
A multidisplinaridade, relação entre diversos campos do saber, como: economia, sociologia, meio ambiente, engenharia, geografia, história, matemática estão contemplados na nossa formação profissional de forma adequada? Campos afins, como arquitetura e engenharia civil, arquitetura e geografia, poderiam ser afetados pela sobreposição de competências? Como ser multidisciplinar e ao mesmo tempo evitar sombreamento de mercados de trabalho?
Olá pessoal!
ResponderExcluirAchei muito interessante essa entrevista do Hugo Sawaya. Uma pena que no Brasil, a maioria dos cursos de arquitetura, ainda não contemplam essa multidisciplinaridade, que julgo ser muito importante para a formação de um profissional crítico e competente. Também penso que o arquiteto nunca deve se esquecer de seu papel principal: a arquitetura e a cidade que, como disse Sawaya, estão cada vez mais carregadas de inter-relações. A formação que contempla a multidisciplinaridade é importante para que haja essa ponte entre diferentes profissionais, no intuito de se conseguir resultados satisfatórios nos projetos, porém sem que haja o sombreamento de mercados de trabalho. Acredito que, no mundo globalizado de hoje, as profissões devem sempre dialogar entre si, em um somatório de competências.
Concordo com a opinião da Sabrina. Uma das coisas que mais acho interessante no curso de Arq e Urb é esse leque de saberes e as relações que podemos fazer entre os aspectos construtivos do espaço construído, as redes sociais, os sistemas circulatórios, o planejamento urbano, o patrimônio, a história, a arte, etc. Porém, infelizmente, na maioria dos cursos existe uma ênfase em uma determinada área em detrimento de outras. E, assim, como entramos muito imaturos e temos pouco tempo de curso... acabamos saindo ainda "verdes" em muitos aspectos!
ResponderExcluirA relação entre diversos campos do saber, como: economia, sociologia, meio ambiente, engenharia, geografia, história, matemática estão contemplados na nossa formação profissional de forma adequada, mas acho que há pouca ou quase nenhuma interdisicplinaridade entre estas disciplinas, ou seja, um professor não faz um exercício que tenha seguimento por outro.
ResponderExcluirConcordo com o diretor da FAU USP quando este diz que o arquiteto deve ter maior domínio da construção, mas o arquiteto, ao contrário do engenheiro, tem maior visão espacial e, sem dúvida, maior apelo estético.