segunda-feira, 5 de abril de 2010

Influência das Novas Tecnologias da Informação e da Educação no ensino superior



Aula do dia 13/04 - Influência das Novas tecnologias no ensino superior
Colaborador: Rovane Domingues


Objetivo: despertar a atenção e as idéias para a importâncias das novas tecnologias para a área da Arquitetura e Urbanismo, para o ensino e como isso tem influenciado e pode interferir na qualidade do ensino-aprendizagem. 


Atividade proposta:

  1. Ler os fragmentos de textos abaixo
  2. Escolher 05 questões relacionadas a entrevista 

    Falta cultura digital na sala de aula


     para discorrer e refletir, postando seus comentários abaixo, baseando-se no seu conhecimento e leituras dos textos indicados. 

Prazo para participação: 20/04 a 02/05


(falta colocar as referências de cada texto, mas faremos isso em breve)
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Expressão Gráfica e os Novos Meios Educativos

       Nas disciplinas iniciais de projeto no curso de arquitetura da UNICAMP foram introduzidos exercícios que trabalham a teoria básica de criação através da extração do essencial.

Do Curso de Arquitetura e Urbanismo

  O desenvolvimento de novas tecnologias e as demandas sociais e ambientais que influenciam o projeto arquitetônico deve ser trabalhado nas várias disciplinas do curso. As disciplinas de teoria e projeto, presentes em todos os semestres, revelam-se como ambiente de investigação e aplicação da síntese de conhecimento.
      Nas primeiras disciplinas de projeto, são introduzidos exercícios que trabalham a teoria básica de criação em arquitetura através da extração do essencial.  O partido de projeto é trabalhado de maneira multifacetada, compreendendo analogias, escalas e relações da antropometria, modulações, tipologias e linguagens formais, bem como os modelos do pensamento moderno como o idealismo, ativismo, espontâneo, autoconsciente, intuitivo e lógico (Rowe, 1992). 

Exercício Seqüencial de Criação de Formas

      Nas disciplinas de Teoria e Projeto do primeiro ano, os alunos desenvolvem um número grande de pequenos exercícios, com objetivos específicos de acordo com as ementas anteriormente descritas.  A estrutura adotada nos exercícios procura (1) introduzir conceitos novos de forma pontual e com nível crescente de complexidade e (2) demonstrar a importância da aplicação de elementos específicos ao processo de criação da forma. O estímulo para a solução criativa de problemas dentro de limites claramente definidos é visto como uma base essencial em projeto.
      São colocados como aspectos relevantes ao se pensar o módulo: forma simples e de lados iguais, evitar figuras isoladas ou sem continuidade, evitar simetria estabelecendo pontos geométricos de continuidade. Como método, o aluno é instigado a procurar o módulo na estrutura anterior (abstraída da paisagem), sob o olhar de uma máscara, um quadrado recortado em uma folha de papel.

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O USO DO VÍDEO NA SALA DE AULA COMO
METODOLOGIA PARTICIPATIVA

              Breve reflexão a partir das contribuições de Mario Kaplún e Paulo Freire
      O atual contexto cultural e tecnológico coloca o estudante e o professor diante desses grandes desafios. São desafios que dizem respeito, em última instância, ao processo de construção da cidadania autônoma e participativa, que está diretamente ligado à apropriação das linguagens e meios de comunicação. Esses desafios estão colocados também à instituição escolar, que precisa estabelecer uma relação crítico-produtivo-participativa com os novos meios e linguagens, formando o educando para interagir com eles.
      A tradicional prática de uso do vídeo na escola ainda está longe do ideal de autonomia e participação. Na maioria das instituições, tal tecnologia é associada à veiculação de fitas educativas, onde uma série de informações técnicas é "ilustrada” com imagens e sons. Trata-se de um uso da tecnologia de informação e comunicação como instrumento de tradução dos discursos de especialistas para a transmissão de informações aos públicos usuários.
      Kaplún (1997) identifica esta abordagem instrumental dos meios de comunicação com o modelo transmissor de comunicação e educação. Neste modelo, a educação é entendida como um processo de transmissão de informações a serem memorizadas. Assim, “reduzida ao papel de mero auxiliar instrumental, a comunicação será equiparada ao emprego de meios tecnológicos de transmissão” (KAPLÚN, 1997).
      Trata-se do ambiente onde impera o paradigma transmissivo descrito por Kaplún (1997). O autor alerta que, neste ambiente, por muito que se equipe [os espaços destinados às atividades educativas] com toda uma bateria de televisores, vídeos, projetores e até computadores não cabem esperar um uso crítico e criativo dos meios. E o problema não é de infraestrutura tecnológica, mas sim de projeto pedagógico, da concepção pedagógica e comunicacional (idem).
      Kaplún defende um modelo de educação alternativo ao modelo transmissor. O autor nos propõe uma prática educativa que coloca como base do processo de ensino-aprendizagem a participação ativa dos educandos, que os considera como sujeitos da educação e já não como objetos-receptáculos; e define a aprendizagem como um processo ativo de construção e re-criação do conhecimento.
      A busca da superação do modelo de transmissão de informação e a proposta de uma escola que fosse efetivamente espaço de construção participativa do conhecimento também foram o principal foco das reflexões de Paulo Freire, um dos mais importantes autores brasileiros na área da Educação.
      Freire (cf. 1997, p. 62-75) fez contundentes críticas ao que chamou de “concepção bancária da educação”, modelo baseado numa suposta dicotomia homem-mundo, que sugeria que os homens seriam “espectadores e não recriadores do mundo”, portadores de uma consciência “mecanicistamente compartimentada, passivamente aberta ao mundo que a [iria] ‘enchendo’ de realidade”.
      Freire defende que a educação deve ser problematizadora e libertadora – e, para tal, buscar outras referências. Ela “não pode ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir ‘conhecimentos’ e valores aos educandos, meros pacientes” (p. 68). Devem perceber estes últimos não como “recipientes dóceis”, mas como “investigadores críticos, em diálogo com o educador, investigador crítico, também” (idem).
      A essência da “prática educativa libertadora” proposta por Freire é desafiar continuamente os educandos, para que estes possam “pensar-se a si mesmos e ao mundo simultaneamente, sem dicotomizar a relação” (p. 72). Outro aspecto fundamental é o caráter processual de tal prática: trata-se de reconhecer educandos e educadores “como seres inacabados, inconclusos, em e com uma realidade que, sendo histórica também, é inacabada (...). Desta maneira, a educação [como manifestação exclusivamente humana] se re-faz constantemente na práxis. Para ser tem que estar sendo”. (p. 72-73).

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O Que é Mídia-Educação
Polêmicas do Nosso Tempo

 “Mídia-Educação conforme Maria Luiza Belloni: é a mediação escolar indispensável para a cidadania” trata dos novos modos de aprender, com foco na autodidaxia.  Diz a autora, em palestra proferida no Congresso Internacional de Educação Pública (2000), que a resposta aos desafios impostos para a integração das tecnologias de informação e comunicação (TIC) sobre processos e instituições sociais, devem considerar duas dimensões indissociáveis: as ferramentas pedagógica para a melhoria e expansão do ensino e o objeto de estudo complexo e multifacetado que exige abordagens criativas, críticas e interdisciplinares.

        Mídias na Educação

      Estamos vivendo em um mundo em constantes mudanças. Essas mudanças foram aceleradas nos últimos dez anos, principalmente pelos avanços científicos e tecnológicos que, juntamente com as transformações sociais e econômicas, revolucionaram as formas como nos comunicamos, nos relacionamos com as pessoas, os objetos e com o mundo ao redor. Encurtaram-se as distâncias, expandiram-se as fronteiras, o mundo ficou globalizado. As novas mídias e tecnologias estão relacionadas com todas essas transformações.




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Do grego tekhno- (de tékhné, 'arte') e -logía (de lógos, ou 'linguagem, proposição').

Tecnologia é um termo usado para atividades do domínio humano, embasadas no conhecimento de um processo e/ou no manuseio de ferramentas. A tecnologia tem a possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural, proporcionando, desta forma, uma evolução na capacidade das atividades humanas, desde os primórdios do tempo.
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      A tecnologia pode ser vista, assim, como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus processos, etc.

      A sigla TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), especificamente, envolve a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos e digitais, como rádio, televisão, telefone e computadores, entre outros. Ela resultou da fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas como informática, e das tecnologias de comunicação, relativas às telecomunicações e à mídia eletrônica.
      O advento das TIC revolucionou nossa relação com a informação. Se antes a questão-chave era como ter acesso às informações, hoje elas estão por toda parte, sendo transmitidas pelos diversos meios de comunicação. A informação e o conhecimento não se encontram mais fechados no âmbito da escola, mas foram democratizados. O novo desafio que se abre na educação, frente a esse novo contexto, é como orientar o aluno, a saber, o que fazer com essa informação, internalizá-la na forma de conhecimento e, principalmente, como fazer para que ele saiba aplicar esse conhecimento com autonomia e responsabilidade.

Novas Terminologias

      Por efeito dos computadores e da digitalização, todas as formas e instrumentos da mídia estão, cada vez mais, fundindo-se em sistemas inter-relacionados (Dizard, 1998). A tecnologia computacional torna-se, assim, o elo para todas as formas de produção de informação e de entretenimento: som, vídeo, mapas e impressos.
      Compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis na escola, bem como criar dinâmicas que permitam estabelecer o diálogo entre as formas de linguagem das mídias, são desafios para a educação atual.
      A linguagem, por si só, já constitui um instrumento de interação entre o pensamento humano e o seu meio. Essa comunicação pode ocorrer de modo direto ou pode ser mediada por outros instrumentos e artefatos (tecnologias).
      Considerando-se que o indivíduo se desenvolve e interage com o mundo utilizando suas múltiplas capacidades de expressão por meio de variadas linguagens constituídas de signos orais, textuais, gráficos, imagéticos, sonoros, entre outros, as mídias passam a configurar novas maneiras para os indivíduos utilizarem e ampliarem suas possibilidades de expressão, constituindo novas interfaces para captarem e interagirem com o mundo.





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Termo usado para referenciar um vasto e complexo sistema de expressão e de comunicação.
Literalmente, "mídia" é o plural da palavra "meio", cujos correspondentes em latim são "media" e "medium", respectivamente.

Na atualidade, mídias é uma terminologia usada para: 
suporte de difusão e veiculação da informação (rádio, televisão, jornal) para gerar informação (máquina fotográfica e filmadora).

A mídia também é organizada 
pela maneira como uma informação é transformada e disseminada (mídia impressa, mídia eletrônica, mídia digital...), além do seu aparato físico ou tecnológico empregado no registro de informações (fitas de videocassete, CD-ROM, DVDs).
A palavra escrita, o discurso oral, o som, a imagem estática e em movimento formam o substrato da mídia.
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Conclusão

      Nesse trabalho, foram apresentadas as novas experiências no ensino de projeto arquitetônico nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia Civil da UNICAMP.  A experiência aqui demonstra resultados positivos em relação a métodos anteriores aplicados, indicando alternativas viáveis para uma metodologia de ensino de projeto específica para engenheiros e arquitetos, onde a elaboração em si do projeto não é o objetivo principal, mas, sim, a compreensão integral da complexidade que envolve o projeto de arquitetura.
      Os exemplos, apresentados graficamente, têm em comum, além da estrutura didática, a utilização de uma variedade de meios e ferramentas gráficas, especialmente as da informática aplicada, o que facilita a viabilidade da proposta e a construção de linguagens individuais diversas.
      Freire e Kaplún nos falam, enfim, da figura do educando ativo e criativo. Afinal, nada se aprende – ainda que o pressuposto seja que a educação consista em aprender – por transmissão, mas sim por elaboração própria e pessoal do educando. É só participando, envolvendo-se, fazendo-se perguntas e buscando respostas, que se chega ao conhecimento. Adquire-se e se compreende o que se re-cria, o que se re-inventa e não simplesmente o que se vê ou escuta. “A educação não é um conteúdo que se introduz na mente do educando, mas sim um processo em que este se envolve ativamente” (KAPLÚN, 1983, p. 26-27).
      Assim sendo, as conseqüências culturais e sociais provocadas por uma nova tecnologia emergente não podem ser compreendidas isoladamente. É importante analisar cada mídia integrada às demais mídias disponíveis em seu contexto espaço-temporal, sempre considerando que velhas e novas mídias coexistam, assim como os meios de comunicação ora se integram e complementam, e, ora competem entre si.

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Falta cultura digital na sala de aula


 Pier Cesare Rivoltella, especialista em Mídia e Educação 
da Universidade Católica de Milão diz que a tecnologia
 e seu conteúdo devem fazer parte do dia-a-dia escolar


10 comentários:

  1. É interessante observar a falta da cultura digital nas escolas e universidades olhando primeiramente o blog proposto para a disciplina. Os temas, textos e vídeos já foram publicamos há algum um tempo, e-mails foram enviados para todos da turma, porém não percebo a participação ativa de todos os alunos da disciplina de didática. Acredito isso ser reflexo das características educacionais que vivenciamos dentro das salas de aula desde pequenos.
    Rivoltella, que trabalha a um tempo com as tecnologias de informação e comunicação no processo educacional apontou pontos de suma importância para que a educação brasileira passe a inserir em sua realidade o contexto cultural, ao qual as crianças já convivem dentro de casa.

    O primeiro ponto que achei bastante pertinente foi a separação entre a sociedade real e a sociedade digital, a qual não deve ser feita, e sim tratada como uma sociedade total. Atualmente as distâncias no mundo reduziram muito. Temos contato com pessoas de qualquer lugar do mundo, bem como temos acessos a informações de qualquer lugar do mundo em tempo real. Diagnosticando essa redução de distâncias e facilidade do acesso às informações, entro numa segunda questão que também foi levantada por Rivotella, que o que falta são espécies de “tutores” digitais, de alguém que possa encaminhar essa busca por informações pelos alunos, que possa direcionar essa pesquisa e fazer com que as informações colhidas sejam reais e produtivas na formação do aluno. Assim entro numa terceira questão: a do abismo entre os alunos e professores, uma vez que o educador passa a ser exigido como dominador dos meios de comunicação, e que essa não é a realidade na maioria das escolas e universidades do país. O que é corriqueiro acontecer é a escola que investe e instala toda a tecnologia necessária nas salas de aula e o professor não ter o domínio para manipulá-las e utilizá-las, muitas vezes contando com a ajuda dos alunos para colocá-las em uso. A partir daí entramos numa quarta questão, a da “construção e re-criação do conhecimento”, ninguém sabe tudo, nem mesmo um professor, já que a velocidade da obtenção de informação e do desenvolvimento tecnológico é enorme, logo o professor ensina e aprende com os alunos, a educação passa a ser uma troca. Isso não é de forma alguma um aspecto negativo, muito pelo contrário, essa interação passa a tornar mais dinâmico o processo de aprendizagem, convidando o aluno a ser autor do conhecimento assim como os professores. Assim encerro com a quinta questão, a de que o aluno não é passivo na educação, e sim um “espectador crítico” de todo o processo.

    Tornar a educação convidativa a todos os alunos é um desafio, já que muitas vezes “perdemos” para a velocidade de conhecimento que estes têm em relação ao domínio da técnica e do conhecimento.

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  2. Apontei algumas questões da entrevista que achei pertinentes e interessantes. Seguem abaixo o apontamento destas questões e minha opinião/ análise a respeito das mesmas:

    1) Como os jovens se relacionam com as novas tecnologias? E... Como as escolas se relacionam com esses jovens?
    Os jovens estão cada vez mais atualizados e interessados com as novas tecnologias. Sabem se adaptar a cada uma delas e se utilizar destas da melhor maneira possível e ao mesmo tempo (multitarefas), levando à uma apreensão do mundo como um todo, porém sem maiores reflexões, aprofundamento de questões. E a escola precisa se adaptar à essa nova geração.

    2) O que significa dizer que a mídia deve fazer parte do cotidiano da escola?
    A mídia deve estar presenta na escola pois os alunos fazem parte desta sociedade virtual e é preciso conhecer e utilizar desta ferramenta para apreender o aluno. O professor deve auxiliar oas alunos na utilizaçào destas ferramentas em busca do conhecimento.

    3) Como os professores se relacionam com as novas mídias?
    Os professores ainda não estão utilizando a mídia da maneira ideal, pois a utilizam somente para a pesquisa, não se aproveitando dela para criar novas possibilidades de ensino e aprendizagem.

    4) O que o professor precisa para explorar as tecnologias em sala de aula?
    O professor, primeiro, precisa conhecer, para depois saber utilizar estas mídias na busca pela aprendizagem e conhecimento e passar para seus alunos estes conhecimentos da mídia, sempre buscando a visão crítica e a troca de saberes entre o professor e o aluno.

    5) Como atuar numa escola sem TV, DVD, computador?
    O professor também não pode somente se utilizar da mídia em suas aulas, este precisa desenvolver trabalhos utilizando os meios tradicionais de ensino, como a escrita, por exemplo. Não basta somente saber utilizar estas tecnologias, é preciso ter didática e saber transmitir saberes e promover a crítica e a reflexão de seus alunos.

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  3. Achei muito interessante e pertinente o tema: Influência das Novas Tecnologias no Ensino Superior ser abordado pelo autor dentro das disciplinas iniciais de projeto do curso de arquitetura. Como tenho interesse em escrever o artigo científico para o COBENGdentro do tema: Experimentações Metodológicas, propondo uma metodologia de ensino de projeto que visa a interdisciplinaridade, acredito que o uso das novas tecnologias seria um instrumento de grande valia para a concretização desta proposta. E os textos postados, a meu ver, demostram isso.
    Baseado nisso, levantei algumas questões de meu interesse de pesquisa e que acretido serem relevantes para o debate da aula:
    1- Kaplún alerta que o problema não é a falta de infraestrutura tecnológica, mas sim a falta de projeto pedagógico e defende um modelo de educação alternativo, como um processo ativo de construção e re-criação do conhecimento.
    2- Freire propõe que educandos e educadores devem ser reconhecidos “como seres inacabados, inconclusos, em e com uma realidade que, sendo histórica também, é inacabada”.
    3- A tecnologia computacional vem tornando-se, cada vez mais, um elo para todas as formas de produção de informação e estabelecer um diálogo entre as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias são desafios da educação atual.

    A partir destas questões, posso concluir que o ensino deve ser visto como um processo de troca entre alunos e professores. A cultura e história de cada um, dentro da sala de aula, influenciam nessa troca, onde ninguém possui todo o conhecimento. O uso das novas tecnologias deve estar presente, auxiliando essa troca, mas não deve ser o único instrumento metodológico. Antigas e novas práticas de ensino devem conviver, se integrando e se complementando.

    No caso do ensino de projeto na Gradução em Arquitetura, acredito que a maneira tradicional do ensino de projeto, utilizado na maioria das universidades, de simular o escritório de arquitetura em sala (onde o professor é o cliente), deve ser aplicada juntamente com novas metodologias, “como um processo ativo de construção e re-criação do conhecimento”, como define Kaplún. E o uso da tecnologia, a meu ver, torna-se importante nesse processo quando utilizado como instrumento capaz de gerar interdisciplinaridade e troca de conhecimento dentro do curso como um todo.

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  4. Um primeiro ponto importante é o destaque dado por Kplún, uma crítica à educação, quando entendida como processo de transmissão de informação a serem memorizadas pelo aluno. Bem, já foi bastante discutida a importância que o aluno tem na construção do seu processo de aprendizagem, devendo ele ser ativo e não meramente passivo, como bem lembra criticamente Freire, ao comparar a educação ao sistema bancário, onde as informações são apenas depositadas. O que se busca de fato, ao reconhecer essa estrutura como falida, é um novo modelo, que se diga de superação do antigo e, neste caso, muito se tem dito da importância da tecnológica neste processo pedagógico.
    Gostei muito também da parte do texto onde são colocados educadores e educando do mesmo lado, ambos como seres inacabados e em processo constante de aprendizagem e construção do conhecimento, pois é exatamente nesta relação na qual acredito, onde há a troca, entre o aluno e o professor, uma via de duas mãos, onde não existe um lado que só ensine e outro que apenas aprenda.
    As questões tecnológicas, tema principal desta aula, nos coloca diante de algumas novidades na educação e que a curto prazo não conseguimos dimensionar seus reais efeitos sobre a educação, sabemos que tudo vem ocorrendo de forma rápida, acelerada inclusive por processos globais, onde as informações são transmitidas rapidamente e vem se transformando em verdadeiras armas, inclusive de poder e diferenciação social. É fato que a informação está por toda parte, mas que informação é esta? Podemos, no caso do Brasil, considerar a televisão aberta como meio de informação? Acredito que sim, mas que informação de fato está sendo passada, ela é imparcial? Os meios de comunicação hoje existentes são realmente democráticos? Todos têm real acesso? Todas as escolas estão equipadas com esses recursos? Todos estão aptos a usá-los? Estamos realmente diante de uma realidade democrática? É fato, que hoje a fonte de informação e conhecimento não se encontra exclusivamente nas escolas, como aborda o texto, mas devemos refletir se ela está acessível a todos. Mas acredito que possamos estar em sua busca de uma educação democrática, igualitária em seus diversos níveis, mas não acredito que possamos dizer: chegamos lá!

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  5.  OS EXERCÍCIOS DE REPETIÇÃO E OS RECURSOS COMPUTACIONAIS:
     Permitiu-se a aplicação de várias técnicas, sejam elas manuais, uso de cópias xerox ou de ferramentas de informática aplicada. Essa liberdade é intencional e visa a desevolver no aluno o discernimento sobre as técnicas mais apropriadas para cada tipo de problema e tarefa. A aplicação de recursos computacionais foi estimulada para criar um vínculo entre as disciplinas de Informática Aplicada e de Teoria e Projeto desde o primeiro semestre. Procurou-se, com isto, demonstrar que a aplicação de computação gráfica em arquitetura transcende a mera utilização de ferramentas como o CAD (Computer Assisted Design) e que o emprego racional, criativo e inteligente dos recursos computacionais disponíveis é estrategicamente apresentado como um elemento importante no processo criativo, que deve facilitar e garantir a qualidade projetual desejada.

     DA COMPOSIÇÃO DE REPETIÇÃO 3D E AS DISCIPLINAS DE INFORMÁTICA :

     O desenvolvimento dos volumes teve o módulo como base (vista superior). Os resultados desse projeto demonstraram o desenvolvimento da criatividade na introdução em diferentes níveis de novas formas dentro do limite da base modular. Fez-se, dessa forma, uma analogia simplificada aos problemas pertinentes ao processo de projeto em arquitetura, em que a criação do espaço não pode acontecer sem um conhecimento técnico construtivo apropriado.

     Em paralelo, esse exercício foi inserido nas atividades da disciplina de Informática Aplicada. Novamente, o objetivo foi ampliar a gama de ferramentas e estimular o discernimento sobre as técnicas mais apropriadas para materialização dos volumes. Nesse caso, as características do material, o grau de dificuldade de sua manipulação e a habilidade do executor deixaram de ser os principais condicionantes do desenvolvimento da volumetria. A variedade de composições trazida em cada trabalho encarregou-se de evidenciar, ora as vantagens, ora as limitações das ferramentas computacionais na etapa inicial de estudo e composição de massas.

    Destarte, as novas tecnologias oferecem maneiras de se fazer melhor que nunca, como exemplo, cita-se o tablete babilônio de argila de 600 anos antes de Cristo, sendo o mapa mais antigo do mundo conhecido, ainda que não do mundo inteiro “conhecido" realmente até esse momento. Frisa-se , por oportuno que as Infraestruturas de Dados Espaciais estão aparecendo e têm aplicabilidade em lugares como Argentina, Brasil, Nigéria e Tailândia, ademais de lugares menos surpreendentes com alta tecnologia como China, Índia e Israel.

    • No tocante, a inclusão digital assevera o filósofo italiano Píer Cesare Rivoltella, especialista em Mídia Educação e Educação da Universidade Católica de Milão que é importante o professor organizar palestras e oficinas de produção multimídia', pois o Brasil ainda engatinha quando se fala em inclusão digital nas escolas públicas. Registre-se, por oportuno que até o ano passado, das 143 mil instituições de Ensino Fundamental do país, somente cerca de 17 mil contavam com laboratórios de informática, segundo dados do Ministério da Educação(MEC).
    • Porém cresce nas faculdades de Educação a preocupação em formar profissionais preparados para lidar teoricamente com a linguagem das novas mídias e seu significado nas salas de aula.
    • Para Rivoltella, os meios de comunicação dão impulso à inovação do ensino. “É a troca da abordagem tradicional – baseada na fala do professor à frente da sala de aula – pelo uso de mídias que favoreçam o trabalho em grupo mais ativo, dinâmico e criativo em todas as disciplinas.” O especialista, que também forma docentes da rede pública italiana, ainda sente uma certa resistência cultural quando se fala em tecnologia na sala de aula. “Os professores não são formados para lidar com elas”, afirma. No Brasil, o cenário não é muito diferente. “As experiências, geralmente, são voltadas para o conhecimento técnico dos meios de comunicação, não o crítico.”

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  6. Boa Tarde, colegas, desculpem-me a demora com relação às referências:

    _Falta cultura digital na sala de aula
    http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_244926.shtml ou http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/entrevista-pier-cesare-rivoltella-402423.shtml

    _Expressão Gráfica e os Novos Meios Educativos, Do Curso de Arquitetura e Urbanismo e Exercício Seqüencial de Criação de Formas
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-44672001000100009

    _O USO DO VÍDEO NA SALA DE AULA COMO METODOLOGIA PARTICIPATIVA
    http://www.aic.org.br/metodologia/o_video_na_sala_de_aula.pdf

    _O Que é Mídia-Educação -Polêmicas do Nosso Tempo até Mídia
    Belloni, Maria Luiza.
    O que é Mídia-educação/Maria Luiza Belloni – 2. Ed. – Campinas, SP: Autores Associados, 2005.- (Coleção polêmicas do nosso tempo; 78)
    Bibliografia
    ISBN 85-7496-015-2

    _O que é Tecnologia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia

    _Conclusão ; Domingues, Rovane.

    Colegas, gostaria de sugerir,ainda, o seguinte texto.

    _ENSINO E APRENDIZAGEM INOVADORES
    COM TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS E TELEMÁTICAS. -- vanzolini-ead.org.br [DOC]

    Com relação aos comentários da Bárbara, Sabrina, Ana Meca e Fabrícia, são todos construtivos, de forma a viabilizar , ainda mais os nossos interesses pela educação e principalmente pela sua instrumentabilidade, por oportuno, cumpre , ressaltar que estamos diante de uma democracia e a mídia ja faz parte de nossa educação e com isto , torna-se o aprimoramenteo, ainda mais de nossos mestres e até mesmo das instituições de ensino em nosso país.


    Abraços, Rovane

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  7. As mídias permitem uma aceleração na cognição dos alunos, contudo, a grande massa de informações enfrenta a questão da superficialidade de aprendizagem do aluno. Como fazer uso da cognição rápida e fugir da superficialidade no aprendizado? Acredito que a mediação do professor pode tornar as informações mais perene para os alunos e ainda permitir que eles façam parte dessa sociedade digital, mas de forma reflexiva.
    O uso da mídia como ferramenta dentro das disciplinas e não como foco principal do aprendizado – um artifício. O aluno pode aprender história e fazer parte da história através da produção de um site, por exemplo. As mídias tornam-se importantes também na integração entre professor e aluno, aproximando a relação de aprendizagem.

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  8. AS questões levantadas sobre as mudanças na educação devido a influência de novas tecnologias são bem atuais. A globalização, o computador, internet, celular fizeram com que houvesse uma interatividade capaz de modificar as relações e o conhecimento de forma muito rápida. As principais contribuições percebidas no ensino- prendizagem devido as novas tecnologias são:
    1)Mudança no perfil do aluno/ professor, tornando-se pessoas com disposição multitarefas onde o uso de várias tecnologias permitam a simultaneidade de atividades.
    2) Mudança na sala de aula, com uso de video, atividades interativas e participativas, web-class, ensino à distância, tornando a prática educativa mais dinâmica e o lugar para a prática do ensino,muito além da sala de aula.
    3) Como Paulo Freire já havia mencionado, a prendizagem deve ser um processo ativo de construção e re-criação do conhecimento, não devendo se limitar ao ato de depositar matérias, onde os alunos participem de forma passiva, mas sim de transmitir as informações de forma que os alunos se tornem críticos e mantenham um diálogo com o educador.
    4) A mídia-educação como mediação escolar indispensável para a cidadania.
    5) A falta de cultura digital na sala de aula - necessidade de utilizar as TICs. A tecnologia computacional como elo para produção da informação.

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  9. Após ler os textos e pensamentos de cada um, posso acabar me tornando um pouco repetitivo. Mas vou tentar abordar alguns pontos diferentes que percebi ao longo das leituras. Me identifiquei muito com as colocações da Sabrina, Fabrícia e da Mônica. De alguma forma elas escreveram coisas que me fizeram parar para pensar ao longo dos textos.

    1) A interdisciplinaridade levantada por Pier Cesare Rivoltella e colocada pela Sabrina, instigaram um fato que eu já havia percebido, mas olhava justamente de forma passiva por não saber “pensar de forma crítica” sobre a maneira como ela poderia ser abordada. Além do uso de tecnologia dentro da própria disciplina de projeto, haveria a necessidade das demais disciplinas de coexistirem quanto ao plano de estudo do aluno. Como escreveu Rivoltella, “se apenas um professor responde pelo conhecimento da tecnologia e da mídia, os outros tendem a se desinteressar pelo assunto. E, para ser eficaz, esse trabalho precisa ser feito em equipe”.

    2) Sobre o pensamento de Kaplún, queria facilitar as palavras escrevendo que não é apenas colocar um “power point com cores incríveis nos slides” para se dizer que está inserido das novas tecnologias de informação. É preciso re-criar o processo, transformar, modificar as estruturas de ensino/ aprendizado. Acho importante enfatizar a palavra ESTRUTURA. Lançar “novos projetos pedagógicos e um novo modelo de educação alternativo, como um processo ativo de construção e re-criação do conhecimento”.

    3) Sobre os jovens e a tic´s, penso também que cabe a vontade individual de sair da superficialidade. A questão que vejo nesse caso é: a informação esta aí, na sua cara. Você já viu, já “bateu uma foto, já salvou na memória do seu celular e enviou por email pro computador do seu quarto”. Ta certo! Mas e a partir daí? Qual a elaboração que você vai fazer com esse registro? A tecnologia foi excepcional para a aquisição do conhecimento. Sem ela, esse processo de investigação e aprofundamento que foi iniciado com “aquele celular” não teria ocorrido se não fosse justamente esse aparato digital. E a partir daí, desse início de recepção de um fato que é possível prosseguir no conhecimento. A posição de permanecer na superficialidade não cabe como desculpa por causa das inúmeras possibilidades de obter informação. Se a escolha do indivíduo for permanecer na passividade, realmente não haverá tempo de se aprofundar. Mas o homem tem uma outra opção.

    4) Fiquei entusiasmado com a colocação de Pier Cesare Rivoltella ao dizer que “o melhor a fazer é ensinar os alunos que a tecnologia é uma ferramenta social”. Gosto da socialização, da não exclusão do convívio em grupo e vejo que, mesmo com as tic´s propiciando o individualismo, é possível conviver com elas e em sociedade concomitantemente.

    5) Queria complementar o texto da Fabrícia com mais uma pergunta, se me permite: as informações transmitidas pela televisão são relevantes dentro do quadro de metodologia da educação? Muitas sim, mas como podemos filtrar e discernir o que realmente é válido para um processo construtivo? Pensando nessa resposta talvez possamos sair da superficialidade.

    Abraços a todos

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  10. Analisando as discussões sobre tecnologia em sala de aula há que se pensar primeiramente, como já trabalhado nas primeiras aulas:
    Que tipo de modelo educativo tem sido oferecido aos alunos, em geral?
    A educação tem acompanhando as transformações tecnológicas?
    Se sim, essa mudança se reflete nos instrumentos didáticos utilizados pelos professores?
    Se não, porque?
    Particurlarmente, acredito que nosso modelo educativo é atrasado e os avanços tem acontecido isoladamente e não por uma verdadeira política de utilização maciça dos diferentes canais de comunicação, por exemplo.

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